quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Bom DEMAIS!


Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Vi,
amigo é coisa para se guarda debaixo de sete chaves dentro do coração.
Maravilhoso, Beijos.

Nathalia Braz Campos disse...

lindooo esse poema, do seu xará! =]
beijosssssss, viniii