domingo, 24 de janeiro de 2010

És linda, és Olinda




És linda Olinda,

Mar verde feito esmeralda,

território histórico dos Quatro Cantos.

Vento forte a soprar as ondas que se quebram na praia.

Mal posso ver da Sé.

Espumas no ar e o sabor da maresia nos lábios dão uma sensação de conforto.

Farol a iluminar as noites de verão.

És linda, és Olinda.

Gleidson Melo

Um comentário:

Por toda minha Vida disse...

Bom dia.

Foi para eu ler e ser menos critica com relação a nossa Olinda. Crea.

Mas veja o que achei ou melhor descobri.



Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.

Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:

Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?

Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?

E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!

Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Ary dos Santos

Gosto muito deste.